No caso de ficarem mais dentro de casa, o doutor cita alguns problemas comuns. “Os maiores problemas que podem aparecer seriam as alterações comportamentais por falta de exercício e socialização com outros da mesma espécie”, explica. “Essas alterações variam de acordo com a individualidade e a espécie animal, cão ou gato”, ressalta.
Com o calor e a umidade da nossa região, há também alguns problemas mais sérios. “Também são comuns a Dermatites (problemas de pele e pelo) e infecções dos ouvidos. Principalmente cães muito peludos, os gatos de modo geral suportam melhor o calor. Outros animais de estimação como aves e répteis, toleram bem o calor, a menos que sejam originários de clima temperado”, diz.
Além dos problemas citados acima, o doutor ainda salienta que cães no verão são mais vulneráveis as gastroenterites hemorrágicas virais. Mas os donos de felinos devem ficar atentos também: “Já as gastroenterites parasitárias, transmitidas através da água e causadas pelo protozoário Giardia, pode atingir cães e gatos indistintamente”, explica.
Como prevenir
Para prevenir os problemas de pele e ouvido, o médico veterinário do Hospital Veterinário Blazius recomenda manter o pelo bem seco e evitar banhos excessivos. “Cães e gatos peludos e originários de clima temperado como cães Akita, Samoieda, Rusk Siberiano o cuidado com o calor excessivo deve ser maior, quando possível mantê-los em ambiente climatizado”.
Já os gatos toleram melhor o calor. “Com relação às alterações comportamentais, procure manter os passeios diários, mas fazê-los pela manhã antes das 09h, ou à tarde após as 17h”, diz. Ambas as gastroenterites podem ser evitadas com vacinação. “Vacina feita nos primeiros meses de vida e os reforços anuais”, conclui. Cães e gatos podem apresentar sintomas diversos, de acordo com as particularidades de cada um. A qualquer sinal de doença ou mudança comportamental, deve-se procurar a assistência de um veterinário.
Como identificar se estão doentes
Assim como nos humanos, nossos amiguinhos de quatro patas não devem ser medicados sem a supervisão de um médico veterinário. O Doutor Blazius explica que um medicamento utilizado para cães, se for aplicado em gatos, pode intoxicar e vice-versa. “O ajuste da dose, de acordo com o tamanho e idade do animal, também é fator de grande importância. Para dar um exemplo: nesse verão recebemos no Hospital Veterinário Blazius vários gatos intoxicados com antipulga de cães”, contou.
Sobre o veterinário
Renê Darela Blazius é Médico Veterinário, Mestre em Saúde Coletiva pela Unisul e Doutor em Microbiologia pela UFRGS. Entre as suas especialidades está a cirurgia (geral e ortopédica) e oftalmologia. Atualmente é proprietário do Hospital Veterinário Blazius (HVB), fundado em 1995, em Tubarão. Ele pode ser contatado através do e-mail: hvblazius@gmail.com, na conta do Instagram: @hvblazius ou nos telefones: (48) 98409-2911; 3622-1178.
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