Segundo Ana Maria, o pastor deixou uma declaração, escrita em 2008, em que ele diz ter sido informado pelo Espírito Santo de que ressuscitaria três dias após a morte. O homem morreu na última sexta (22), vítima de complicações cardiorrespiratórias. Dessa forma, o prazo para a ressurreição descrito por ele terminou nesta segunda (25).
A funerária responsável pelo preparo do corpo chegou a esperar o prazo dado pelo religioso, em respeito à família. Às 23h30min do terceiro dia, momento informado pelo pastor para o acontecimento do milagre, ele permanecia morto. A empresa liberou, então, o caixão para sepultamento. Um canal de TV da cidade acompanhava a movimentação no local.
Naquela hora, uma multidão aguardava do lado de fora da funerária, esperando pela ressurreição que não ocorreu. Pessoas chegaram a se deslocar ao cemitério responsável pelo enterro, aguardando a chegada do carro fúnebre.
Antes que o corpo fosse levado à cova, o grupo chegou a gritar exigindo a abertura do caixão. Os responsáveis pela descida do cadáver chegaram a se entreolhar, mas o coveiro negou a exumação. Apesar dos protestos, o enterro aconteceu normalmente por volta das 00h30 desta terça-feira.
A Vigilância Sanitária de Goiatuba notificou a funerária por não ter realizado o sepultamento imediato do pastor. A prefeitura explicou que há uma resolução que dispõe sobre o Controle e Fiscalização Sanitária do Translado de Restos Mortais Humanos. A empresa, porém, alegou que não recebeu notificação.