O projeto de lei que dispõe sobre a preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Natural do Município de Tubarão será votado nesta segunda-feira (3). O objetivo é que todo o acervo do Museu Ferroviário seja tombado, como outras obras e objetos com cunho patrimonial e histórico relevante para a cidade que, por ventura, sejam alvo de situações lamentáveis como a que vive atualmente a locomotiva cobiçada pela cidade de Miguel Pereira, no estado do RJ. Mesmo que o tombamento sendo aprovado, a medida pode não ser suficiente para evitar a retirada da locomotiva, mas levaria a questão às esferas judiciais. “Criaremos uma forte dificuldade para eles, pois teriam que brigar na Justiça”, avaliou o vereador Maurício da Silva, defensor do Projeto de Lei. Entenda a história Esse imbróglio iniciou após uma visita do prefeito de Miguel Pereira, André Português, ao Museu Ferroviário de Tubarão, há cerca de um mês, quando se encantou com a locomotiva Baldwin 53, fabricada em 1920, que realizava o transporte de passageiros na região. Esta peça é única, foi inclusive restaurada pela equipe do museu. Para surpresa da instituição tubaronense, um ofício, com uma cópia do Diário Oficial da União, chegou às mãos dos responsáveis pelo Museu, onde era tratado um termo de cessão de uso da máquina à cidade fluminense. Uma vez que todo o acervo é de responsabilidade do Dnit, a transferência poderia acontecer sem interferências. Campanha será lançada hoje (3/9) em prol da permanência da locomotiva na Cidade Azul Com o objetivo de criação de uma campanha em prol da permanência da Locomotiva do Museu Ferroviário, em Tubarão, será realizada uma reunião nesta sexta com representantes do Museu Ferroviário, Imprensa, Governo Municipal, Câmara, entidades e a todos os interessados. Será às 16h30 no Museu Willy Zumblick. A locomotiva A locomotiva, mesmo restaurada, não funciona, ao contrário de duas outras máquinas que estão no acervo do Museu Ferroviário, que se encontram ativas. Uma delas foi, inclusive, oferecida às autoridades de Miguel Pereira no lugar da Baldwin 53, junto a uma contrapartida de R$ 200 mil pelo serviço de restauração. Mas a proposta não foi aceita. Assim a locomotiva pode, a qualquer momento, ser levada da Cidade Azul.