Capivari de Baixo comemora 30 anos de emancipação político-administrativa nesta quarta-feira (30). A cidade é sede do maior complexo termelétrico da América Latina, um potencial município prestador de serviços, mas que também tem uma das maiores fazendas do setor rizicultor no Estado, além de um comércio pujante e em constante crescimento e uma agricultura familiar peculiar.

É a quinta maior cidade em número de habitantes da Amurel: 25,4 mil e, curiosamente, a terceira menor em território de Santa Catarina, ficando atrás apenas de Bombinhas e Balneário Camboriú.

A emancipação ocorreu em 1992, mas os capivarienses são, na visão do prefeito Dr. Vicente Corrêa Costa, um povo de muita união e amplamente defensor do desenvolvimento. “Tivemos um crescimento potencial nessas três décadas. Muita gente ajudou na construção desta cidade forte, comunitária e feita de gente que ama este pedacinho de chão. Temos tantas histórias ricas, começando lá atrás com os índios nativos, depois os imigrantes italianos, açorianos, portugueses e quilombolas”, recorda o gestor público.

Vicente faz questão de envolver a força do povo nas conquistas locais, muito antes de se tornar município. Depois dos imigrantes, mais precisamente na década de 1940, houve um boom de construções e uma delas marcaria e ainda marca a história de Capivari, a obra do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda sob responsabilidade da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Visando o nicho da produção energética à base do carvão, e o Sul catarinense é referência nesta questão, as primeiras vilas foram erguidas. Já na década de 1980 começou um movimento distrital, depois, em 1992, foi aprovada a criação do município.

“Meus avós são daqui, meus pais, tios, enfim, minha família é desta terra maravilhosa. A nossa autonomia legalmente adquirida de Tubarão não nos desvincula de lá, pelo contrário, temos uma ligação umbilical e até fraternal, pois muitos dos capivarienses trabalham por lá, onde também fica a sede da nossa Associação de Municípios (Amurel) e é a cidade-polo da região. Meu pai chegou a trabalhar no prédio onde é a prefeitura, mas antes era o centro administrativo da CSN. Hoje, trabalho como prefeito neste mesmo espaço. Capivari está muito conectado e enraizado na minha vida e família. É um orgulho gerenciar um município com tanta riqueza cultural, histórica e de um futuro amplamente promissor”, resume, emocionado o prefeito.

Vicente conclui apontando grandes propostas de crescimento, dentre a principal o investimento em educação, desde a base até o encaminhamento dos jovens ao mercado de trabalho, com ofertas de cursos técnicos, profissionalizantes e parcerias eficientes, com o Senai, com a Diamante, Sebrae e tantos outros da iniciativa privada que já atuam em Capivari. “Muito se fez nesses 30 anos, seja com a participação do empresário, do autônomo, do aposentado, dos industriários, do poder público (Judiciário, Legislativo, Executivo), das ONGs, associações, voluntários, enfim. Foi uma união maravilhosa. Vamos agora dar continuidade para evoluirmos ainda mais com modernidade, tecnologia e empreendedorismo. Queremos construir um município ainda mais arborizado, harmônico nas diversas áreas, com ciclovias e ciclofaixas, menos burocrática, e com serviços públicos eficientes”, planeja o prefeito.

Por fim, Dr. Vicente garante que Capivari de Baixo já está se preparando para novas diretrizes econômicas, justamente para não ficar à mercê da produção termelétrica e, assim, estender-se e fortalecer-se em outros nichos de mercado, como o imobiliário, comercial, serviços e agricultura.