A prisão de Cancellier, seguida pelo subsequente suicídio três semanas após sua detenção, provocou uma reação intensa e levou a questionamentos sobre o processo conduzido por Janaina Cassol Machado.
É relevante mencionar que o Tribunal de Contas da União (TCU) recentemente considerou "improcedente" a acusação contra o ex-reitor, resultando no arquivamento do processo em uma sessão realizada em 4 de agosto. A juíza, além de seu afastamento, está agora sujeita a um processo administrativo que visa a avaliar sua conduta profissional.
Revisitando o caso, Luiz Carlos Cancellier foi detido pela Polícia Federal em setembro de 2017 no contexto da Operação Ouvidos Moucos, que investigava supostas irregularidades nos repasses destinados ao curso de Educação a Distância (EaD). Mesmo sem acusação formal, ele foi submetido a medidas humilhantes como o acorrentamento e revista pessoal, sendo também afastado de sua posição na UFSC. Três semanas mais tarde, Cancellier tirou sua própria vida.
Em uma nota revelada por seu irmão, o ex-reitor deixou registrado: "Minha morte foi selada quando fui excluído da universidade." Apesar das tentativas do portal ND+ de obter comentários da juíza em questão, todos os detalhes processuais estão sob sigilo. O espaço permanece aberto para mais informações.
Em resposta ao ocorrido, a UFSC declarou:
"A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) considera inadequada qualquer manifestação institucional sobre o assunto abordado na matéria, visto que diz respeito a uma decisão do CNJ relativa a um processo judicial sem nenhuma conexão com o caso envolvendo o ex-reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo."
Foto: Arquivo/Marco Santiago/ Divulgação HC.