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29/11/2023 17h36

Brasil: médico que acorrentou trabalhador negro é condenado por racismo

Médico Márcio Antônio Souza Júnior, o Doutor Marcim, terá de pagar R$ 300 mil, a título de indenização por danos morais coletivos
Brasil: médico que acorrentou trabalhador negro é condenado por racismo

A Justiça de Goiás condenou, no início desta semana, o médico Márcio Antônio Souza Júnior pelo crime de racismo por um caso que ocorreu em fevereiro de 2022. Ele também terá que pagar R$ 300 mil de indenização por danos morais coletivos.


Souza Júnior é acusado de simular uma cena escravocrata ao publicar nas redes sociais o vídeo de um funcionário de sua fazenda acorrentado pelos pés e pelas mãos. O caseiro, que trabalhava com o médico, contou que foi chamado para ver os “apetrechos” que ficavam na igrejinha da fazenda e confirmou que o patrão colocou os objetos em seu corpo. A vitima alega que chegou a dizer que não gostaria de ser acorrentado, mas que não pôde proibir o médico, por ser o dono da fazenda.


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O crime aconteceu no dia 15 de fevereiro de 2022, na Fazenda Jatoba, na Cidade de Goiás, antiga capital do Estado. O inquérito iniciado na delegacia local foi remetido ao Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri), em Goiânia.


No vídeo que gerou a investigação, o médico mostra o homem preso às correntes e diz: “Aí, ó, falei para ele estudar, mas ele não quer. Então, vai ficar na minha senzala”.

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Como consta no processo, o homem que aparece no vídeo trabalhava na fazenda do acusado, onde recebia um salário mínimo para fazer serviço pesado. No dia do fato, o acusado o achou para mostrar os apetrechos que ficavam na igrejinha da fazenda, quando colocou as correntes em seu pescoço e em suas mãos, e começou a gravar o vídeo pelo celular.


Na ocasião, ele falava que o ofendido estava em sua senzala por não estudar e logo postou o vídeo nas redes sociais. No mesmo dia, passado alguns minutos da publicação, ligaram para o acusado e pediram para que fosse retirado o vídeo. Nos autos, ele explicou que não tinha como retirar o vídeo, mas que decidiu gravar um segundo vídeo.


O caso ganhou repercussão nacional e internacional. O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) foi acionado. Foram apreendidos uma gargalheira (objeto utilizado para aprisionar pessoas escravizadas pelo pescoço); um par de grilhões para mãos sem corrente (objeto utilizado para aprisionar pessoas escravizadas pelas mãos); e um par de grilhões para pés com corrente (objeto utilizado para aprisionar pessoas escravizadas pelos pés).


Fonte: Metrópoles
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