Jung Yoo-jung admitiu ser viciada em conteúdos de crimes reais (ou 'true crime', em inglês), como séries e livros, e decidiu "experimentar um homicídio", instalando uma aplicação para conhecer uma professora que lhe desse uma aula na sua casa. A rapariga acabou por apresentar resultados elevados nos testes de psicopatia conduzidos pelas autoridades.
Segundo o processo citado pela BBC e pelo Korea Times, Jung contactou mais de 50 pessoas (a maioria mulheres) e planeou o homicídio durante vários meses, enquanto vivia uma vida solitária na casa do avô.
De seguida, Jung desmembrou o corpo da mulher, chamou um táxi e deixou os restos mortais num parque, junto a um rio no norte de Busan. No entanto, o taxista alertou a polícia para uma cliente que entrara na viatura com uma mala suja com sangue e Jung foi detida pouco depois.
Jung confessou o crime em junho, procurando uma sentença mais leve, alegando que sofria de alucinações e de doenças do foro mental.
O histórico de pesquisa online da mulher revelou que esta fez várias pesquisas sobre como matar uma pessoa e como ver-se livre do corpo. Mas a pesquisa revelou-se pouco eficaz, já que a polícia identificou rapidamente a homicida graças a câmaras de videovigilância, que a captaram a entrar e sair várias vezes da casa da professora.
O crime chocou a Coreia do Sul e o juiz, na sexta-feira, afirmou que o homicídio "espalhou medo pela sociedade" e "incitou à desconfiança", mas rejeitou as alegações de saúde mental, notando para a natureza premeditada do crime e para as declarações inconsistentes às autoridades.