A 26ª edição do estudo, conduzido pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) em colaboração com o Sest Senat, destaca que do total avaliado, somente 986 quilômetros foram categorizados como bons ou ótimos. Em contrapartida, a maior parcela, correspondendo a 1.360 quilômetros, foi classificada como regular. As condições ruins e péssimas somam 887 e 282 quilômetros, respectivamente.
Quando observamos a distribuição das rodovias classificadas como "ruins", a SC-283 lidera, abrangendo 186 quilômetros nessa categoria. Em seguida, a SC-350 e a SC-480 ocupam as posições subsequentes, com 131 e 129 quilômetros classificados como ruins, respectivamente.
A pesquisa também revelou que apenas seis estradas receberam a classificação de "bom" ou "ótimo". A BR-376 se destacou, com 6 quilômetros avaliados como ótimos, seguida pela BR-486, com 2 quilômetros nessa condição. A BR-101 liderou em extensão, com 485 quilômetros considerados bons, seguida pela BR-116, com 311 quilômetros, e a BR-480, com 37 quilômetros.
Em termos de pavimentação, 59,7% das rodovias apresentaram problemas, classificadas como regulares, ruins ou péssimas. Essas condições impactam diretamente no custo operacional do transporte, resultando em um aumento de 37,1%. A CNT ressaltou que isso afeta a competitividade do Brasil e o preço dos produtos.
A sinalização das estradas também foi alvo de preocupação, com 69,8% sendo consideradas como regular, ruim ou péssima.
O estudo aponta que seria necessário um investimento de R$ 3,7 bilhões para recuperar as rodovias catarinenses, com ações emergenciais de restauração, reconstrução e manutenção. Além disso, estima-se um desperdício de R$ 37,7 milhões de litros de diesel em 2023, devido à má qualidade do pavimento, representando um custo de R$ 248,15 milhões aos transportadores.
Diante desse cenário desafiador, o governo de Santa Catarina lançou o programa Estrada Boa, com investimentos previstos de R$ 2,165 bilhões. O programa visa restaurar, implantar e revitalizar 1.504 quilômetros de estradas estaduais, buscando enfrentar as dificuldades e melhorar a infraestrutura rodoviária do estado.
Foto: Fernando Beilfuss/Arquivo/ND.