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27/06/2024 17h02

Bebê de 7 meses é medicado com antipsicótico por engano em hospital de SC

O bebê havia sido internado de domingo (23) para segunda (24) para tratar uma broncopneumonia.
Bebê de 7 meses é medicado com antipsicótico por engano em hospital de SC

Um erro médico que causou a troca da medicação administrada a um bebê de apenas 7 meses ocorreu nesta quarta-feira (26), em Itajaí, Litoral Norte do estado. Layane Rodrigues Anesio Figueredo, mãe da criança, relatou que seu filho foi medicado incorretamente com Risperidona, um antipsicótico, no Hospital Pequeno Anjo.

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O bebê havia sido internado de domingo (23) para segunda (24) para tratar uma broncopneumonia.

 

De acordo com a denúncia da mãe, uma enfermeira teria entregado uma seringa medicamentosa sem identificação para ser administrada ao bebê pela manhã. Mesmo estranhando a situação, Layane seguiu as instruções sem questionar. Aproximadamente 15 minutos após a administração do medicamento, ela conta que o bebê começou a apresentar sinais de prostração e fraqueza.

 

Desesperada, Layane pesquisou sobre a medicação e descobriu que foi dada Risperidona, que é utilizada no tratamento de distúrbios mentais, como transtorno bipolar e esquizofrenia, e não deveria ser administrada a um bebê.
 

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Ao questionar a enfermeira, segundo relato, a profissional não soube esclarecer o erro, que foi posteriormente confirmado.

 

A mãe afirma que ficou em estado de choque e com o psicológico extremamente abalado com a situação, principalmente porque não recebeu qualquer retratação por parte da equipe médica ou do hospital até o final da tarde. Além disso, Layane conta que, depois disso, continuou enfrentando dificuldades para obter a devida assistência.

 

Na parte da tarde, a criança começou a apresentar irritação e movimentos oculares anormais. Layane solicitou avaliação do neuropediatra e apoio psicológico para si mesma, mas não obteve resposta naquele momento. Somente após a repercussão do caso nas redes sociais, na manhã desta quinta-feira (27), a neuro visitou a criança, informando que os efeitos colaterais do medicamento poderiam durar até 72 horas, com resquícios presentes no organismo por até 10 dias.

 

Ela conta que a administração inadequada da medicação não foi um caso isolado. "É assim, eles trazem a medicação sempre num saquinho com a identificação, mas aconteceu dessa enfermeira já trazer a medicação e dar nas nossas mãos, porque aconteceu com outra mamãe do lado. Um dia antes de entregar na nossa mão para a gente dar o antigripal para o bebê, como eles estão ali internados com falta de pneumonia, eu acredito que seja para o conforto do bebê, para ele não voltar o remédio. Então, aconteceu isso durante a noite, a gente deu o antigripal e tudo ok. Na manhã, ela trouxe só para o meu, os outros bebês estavam dormindo, como o meu estava acordado, eu entendi, trouxe a seringa de novo, só que no dia anterior eu não tinha notado o nome do remédio. Então, dessa vez eu perguntei qual o nome desse medicamento aqui? Ela me deu, foi quando eu anotei, entendeu? Por isso que eu descobri que estava errado. Aí o bebê passou mal, pesquisei o que era, vi que estava errado, corri atrás, ela identificou o erro, até perguntei, 'esse não é o mesmo de ontem, não?' Ela falou 'não, ontem estava certinho, era o anti-gripal, e hoje mesmo foi incorreto' e o hospital admitiu”.

 

"Nesse período eu informei a eles que eu vou fazer o acompanhamento dele com o neuro e o meu com o psicólogo, porque eu realmente fiquei muito abalada com tudo isso que aconteceu, sabe, foi um impacto para o meu psicológico. Eu não tive ajuda, e eu solicitei ontem (26), sabe, por duas vezes. Ajuda psicológica e eu não tive", disse a mãe, que recentemente perdeu um filho.

 

Layane conta que recebeu apenas ajuda da assistência social, que acionou a ouvidoria do hospital para ouvir o seu relato, e nada mais. Ela registrou um boletim de ocorrência sobre o caso, que será investigado.

 

Até o momento, a prefeitura de Itajaí não se manifestou sobre o ocorrido.


 


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