O governo federal decidirá, na próxima terça-feira (15), se o horário de verão será implementado neste ano. A reunião técnica, convocada pelo presidente Lula (PT), abordará a proposta sugerida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que vê a medida como uma oportunidade para aliviar a pressão sobre o fornecimento de energia no Brasil.
Caso a decisão seja positiva, uma nova data para a implementação será definida. Conforme apurado pelo jornal O Globo, Lula optou por não retomar o horário de verão antes do segundo turno das eleições, agendado para 27 de outubro.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou que, após a decisão, é necessário um período mínimo de 20 dias para a aplicação da medida. Ele destacou que o intervalo mais crítico para a eficácia do horário de verão é de 15 de outubro a 30 de novembro.
“Esse período é crucial. Embora a importância da medida diminua com o tempo, seu impacto é significativo nas primeiras semanas,” afirmou Silveira na semana passada.
Desde setembro, a possibilidade de retomar o horário de verão tem sido discutida. A estratégia foi cancelada durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que argumentou que não havia mais economia com a medida.
O Brasil enfrenta atualmente a “mais intensa seca da história recente”, conforme indicado pelo Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden). A estiagem, considerada a pior nos últimos 74 anos, reforça a necessidade de avaliar a situação hídrica do país.
Embora a proposta de retorno ao horário de verão esteja em pauta, Lula tem defendido que a decisão deve ser baseada em critérios técnicos. Silveira confirmou que a reintrodução da medida só ocorrerá se for essencial.
“Caso contrário, aguardaremos o período hídrico, que se inicia em dezembro, e faremos uma nova avaliação para o próximo ano,” concluiu o ministro.