Um crime com motivação banal registrado em 23 de fevereiro de 2024 em Tubarão teve desfecho em uma sessão do Tribunal do Júri de quarta-feira (11). Um réu de 22 anos, acusado de tentar matar outro jovem, foi condenado a nove anos e nove meses de prisão por homicídio tentado, qualificado por motivo fútil.
A vítima, mesmo diante de diversos disparos, foi alvejada por um único tiro, ficou paraplégica e, devido ao quadro delicado, corre ainda o risco de perder o movimento dos braços. O réu também foi sentenciado ao pagamento de R$ 35 mil em danos morais e não teve o direito de recorrer em liberdade.
Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), acolhida pela maioria dos jurados, o crime ocorreu nas primeiras horas daquela manhã, por volta de 6h30, em um posto de combustíveis da cidade, quando houve um desentendimento entre réu e vítima, que eram conhecidos e confraternizavam. Na companhia de outras pessoas, eles consumiam bebidas alcoólicas.
Em determinado momento, o réu não concordou que a vítima pegasse gelo do cooler térmico utilizado pelo seu grupo, o que gerou conflito e vias de fato entre ambos. O acusado, então, saiu do estabelecimento, retornou minutos depois, já armado, e atirou contra a vítima.
Um projétil atingiu a região cervical do jovem, resultando na lesão medular com paraplegia. Segundo o MPSC, o homicídio somente não se consumou por circunstâncias alheias à vontade do réu, uma vez que a vítima foi prontamente socorrida e encaminhada para atendimento médico-hospitalar.
A acusação foi conduzida pelos Promotores de Justiça Vinicius Barreto Pinto e Wallace França de Melo.