Adriana Alves, de 45 anos, servidora pública municipal de Criciúma que morreu após cair do 24º andar de um prédio, fez um desabafo nas redes sociais sobre sua saúde mental e as dificuldades que enfrentava no ambiente de trabalho. O post foi feito um dia antes de sua morte.
No vídeo publicado, ela destacou a falta de suporte para servidores públicos, pedindo mais acolhimento e humanização no serviço público. "Saúde mental deveria ser prioridade para o servidor público! Mais amor, acolhimento e humanização. Menos política, por favor!", escreveu na publicação.
O post também trouxe detalhes sobre sua luta por melhores condições de trabalho, alegando que, desde outubro, solicitava auxílio a políticos locais sem resposta efetiva. "Desde outubro estou pedindo ajuda para os políticos, ambos se quer me ajudaram. Falta de motivação, dificuldade de concentração, perda de apetite e sem comer há três dias." Ela mencionou sofrer com crises de ansiedade e desmotivação ao ser deslocada para um ambiente escolar, onde dizia ter dificuldades devido ao barulho e falta de suporte. "Mal consigo realizar uma tarefa simples devido ao barulho das crianças na escola. E só de pensar que as 13h preciso ir para escola tenho vontade de sumir."
Por outro lado, Adriana elogiou a equipe da Vigilância Epidemiológica, onde também atuava, destacando o acolhimento e a compreensão recebidos: "Minha motivação? Meu trabalho no Pamdha e Vigilância Epidemiológica. Tenho um local de trabalho decente para trabalhar, tenho sala, espaço silencioso e aconchegante. Sem contar que todos os funcionários me tratam excelente."
A prefeitura de Criciúma divulgou uma nota de pesar lamentando o falecimento da servidora, mas não comentou as denúncias feitas por ela.