Na manhã deste domingo (16), apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram em Copacabana, no Rio de Janeiro, em uma manifestação que pede anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O evento interditou parte da Avenida Atlântica e contou com a presença de governadores, parlamentares e líderes do Partido Liberal (PL).
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Entre os participantes estavam os governadores Cláudio Castro (RJ), Tarcísio Freitas (SP), Jorginho Mello (SC) e Mauro Mendes (MT), além dos senadores Flávio Bolsonaro e Magno Malta. O pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do ato, também esteve presente.
Durante seu discurso, Bolsonaro criticou a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pediu anistia para aqueles que foram presos pelos ataques às sedes dos Três Poderes. No carro de som, manifestantes também defenderam a saída de Lula da presidência e a volta do ex-presidente ao cargo.
O protesto ocorre às vésperas do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode tornar Bolsonaro réu em um processo relacionado aos eventos de 8 de janeiro. A mobilização é vista como uma tentativa de pressionar o Congresso a aprovar um projeto de anistia.
Condenações e impacto financeiro
Até o momento, o STF já condenou 481 pessoas pelos ataques de 8 de janeiro, com penas que podem chegar a 17 anos e 6 meses de prisão. Algumas foram absolvidas, enquanto outras receberam penas menores, como prestação de serviços à comunidade.
Além das punições judiciais, os ataques causaram um prejuízo estimado de R$ 26,2 milhões ao patrimônio público, segundo a Advocacia-Geral da União (AGU). Obras de arte e itens históricos foram danificados de forma irreversível.
Contexto do ataque
No dia 8 de janeiro de 2023, apoiadores do ex-presidente invadiram e depredaram as sedes do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal. O ato foi organizado por grupos que defendiam uma intervenção militar e teve a participação de pessoas que chegaram a Brasília em caravanas financiadas por terceiros.
Atualmente, 84 pessoas seguem presas preventivamente, enquanto outras cumprem prisão provisória ou domiciliar. Ao todo, 61 suspeitos são considerados foragidos.
A manifestação em Copacabana reforça a mobilização de aliados de Bolsonaro para pressionar o Congresso e o STF, em um momento crítico para o ex-presidente, que está inelegível até 2030 devido a condenações na Justiça Eleitoral.
Foto: TV Globo.