A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, nesta quinta-feira (27), a suspensão da venda da pasta de dente Colgate Clean Mint em todo o território nacional. A medida foi tomada após a Anvisa receber relatos de efeitos adversos associados ao uso do produto.
A determinação, publicada no Diário Oficial da União, tem como base a Lei 6.360/1976, que permite a suspensão da comercialização de produtos em caso de risco à saúde. A interdição tem prazo de 90 dias e é de caráter cautelar, o que permite que a empresa Colgate-Palmolive recorra da decisão.
Reações adversas relatadas:
De acordo com a Anvisa, foram registradas oito notificações, envolvendo 13 casos de eventos adversos relacionados ao uso da pasta de dente Colgate Clean Mint, entre 1º de janeiro e 19 de março de 2025. Os principais sintomas relatados incluem:
Inchaço nas amígdalas, lábios e mucosa oral
Sensação de ardência
Dormência nos lábios e na boca
Boca seca
Gengiva irritada e vermelhidão
Nova fórmula:
A pasta de dente Colgate Clean Mint, que começou a ser comercializada em julho de 2024, utiliza fluoreto de estanho em sua fórmula, diferentemente da versão anterior, que utilizava fluoreto de sódio.
Posicionamento da Colgate:
Em nota divulgada anteriormente, a Colgate afirmou que o fluoreto de estanho é um ingrediente seguro e eficaz, amplamente utilizado em cremes dentais em todo o mundo. A empresa também informou que a nova fórmula é resultado de anos de pesquisa e testes, e que seus produtos são aprovados por agências regulatórias globais.
A Colgate reconheceu que algumas pessoas podem apresentar sensibilidade a determinados ingredientes, como o fluoreto de estanho, e recomendou que os consumidores interrompam o uso do produto em caso de reações adversas.
Até o momento, a Colgate não se manifestou sobre a decisão da Anvisa.