De acordo com Dom Ricardo Hoepers, Secretário-Geral da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), o recém-eleito papa Leão XIV teve um papel importante em uma investigação de abuso sexual dentro da Igreja Católica na década de 1990. O representante da CNBB desmentiu as informações de que o pontífice Robert Francis Prevost teria acobertado o caso.
Em declaração, Dom Ricardo Hoepers explicou que "o importante é que o processo foi à frente, e foi o próprio Prevost, na época, que organizou o processo e levou até Roma, para que fosse investigado até as últimas consequências". Ele ressaltou que o processo ainda está em andamento e que não houve omissão por parte de Prevost, afirmando que ele foi quem encaminhou o caso para ser investigado em Roma.
Ao Metrópoles, o Secretário-Geral da CNBB declarou que a ação do papa Leão XIV demonstra seu interesse em dar a resposta necessária ao caso, reforçando a continuidade da política de tolerância zero contra crimes na Igreja. Ele enfatizou a importância da transparência, afirmando que o Papa Leão XIV trabalhará nesse sentido. Dom Ricardo Hoepers também mencionou que o então cardeal Prevost visitou o Brasil em 2012 e 2013, nas cidades de Guarulhos (SP) e Belo Horizonte (MG), durante missões como padre-geral dos agostinianos.