Uma criação comercial de aves em Ipumirim, no Oeste de Santa Catarina, entrou no radar das autoridades sanitárias após ser identificada como caso suspeito de gripe aviária. A informação foi confirmada pela prefeitura local nesta segunda-feira (19) e consta no mapa oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Com o avanço da doença no país — já são dois casos confirmados no Rio Grande do Sul e outros seis em análise — o governo catarinense decidiu proibir a entrada de aves vivas e ovos férteis oriundos de 12 municípios gaúchos. A medida preventiva consta em uma nota técnica divulgada no domingo (18).
Municípios com restrição:
Cachoeirinha, Canoas, Capela Santana, Esteio, Gravataí, Montenegro, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Portão, São Leopoldo, Sapucaia do Sul e Triunfo.
A presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de SC (Cidasc), Celles Regina de Matos, explicou que equipes estiveram na propriedade em Ipumirim no sábado (17), onde coletaram amostras das aves para análise em laboratório. Os resultados são esperados para terça-feira (20).
“A Cidasc agiu conforme o protocolo. Visitamos a granja, observamos os sintomas e enviamos as amostras ao laboratório do Ministério”, afirmou.
Casos em investigação no Brasil:
Ipumirim (SC) – granja comercial
Aguiarnópolis (TO) – granja comercial
Triunfo (RS), Gracho Cardoso (SE), Salitre (CE), Nova Brasilândia (MT) – todas produções familiares
Casos confirmados:
Montenegro (RS) – granja comercial
Sapucaia do Sul (RS) – zoológico (cisnes mortos)
Consumo de carne e ovos segue seguro
Segundo o Mapa, não há risco de transmissão da gripe aviária por meio do consumo de carne de frango ou ovos. A infecção em humanos é considerada rara e está geralmente ligada a contato direto com aves contaminadas.
O Brasil já colocou em prática seu plano nacional de contingência, com o objetivo de conter o avanço do vírus, proteger a produção e garantir a segurança alimentar.