A mulher acusada de dopar, matar o companheiro e esconder o corpo dentro de um freezer em Lacerdópolis, no oeste, foi presa preventivamente dois anos após o crime. A prisão de Cláudia Tavares Hoeckler foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e cumprida na tarde de sábado (31). A informação foi confirmada pela defesa nesta segunda-feira (2).
Cláudia confessou o crime e chegou a ser presa entre novembro de 2022 e agosto de 2023, quando conseguiu responder em liberdade com o uso de tornozeleira eletrônica. O assassinato de Valdemir Hoeckler, de 52 anos, ocorreu na cidade de Lacerdópolis, no Oeste catarinense.
O corpo de Valdemir foi encontrado na residência do casal, após ele permanecer desaparecido por cinco dias. De acordo com a denúncia, Cláudia dopou o companheiro, amarrou seus pés, pernas e braços, e o asfixiou com uma sacola plástica, ocultando o cadáver dentro de um freezer.
Na época do crime, Cláudia se apresentou à polícia e afirmou que agiu após anos de violência doméstica. Segundo a defesa, ela sofria agressões físicas, psicológicas e financeiras durante mais de duas décadas de relacionamento com Valdemir.
A ordem de prisão foi emitida na sexta-feira (30), após o STJ acolher, de forma monocrática, o pedido feito pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) ainda em agosto de 2023. A decisão permite recurso, e o advogado de Cláudia, Eduardo Fernando Rebonatto, anunciou que recorrerá para que o caso seja analisado de forma colegiada pelo tribunal.