Triste situação
A deputada Zambelli (PL) fugiu ou saiu do país sob a justificativa de tratamento de saúde. Já foi condenada a 10 anos por invadir o sistema de Justiça envolvendo o ministro Alexandre de Moraes. Com muitas contas a acertar no Brasil, tomou a decisão de fugir. Está na lista vermelha da Interpol. Tenho quase certeza de que ela não volta — para alegria de uns e tristeza de outros. Outros quem? A quase ex-deputada foi abandonada pelos seus líderes partidários. A única saída foi fugir pela Tríplice Fronteira, escolhendo a Argentina como rota. Agora, curte as praias de Miami. Vida ruim, hein, Zambelli?
Acabou a valentia
É curioso perceber o comportamento de certas figuras da política nacional. Carla Zambelli não teve qualquer receio de praticar atos do arco da velha — como se dizia na minha época: invadiu o sistema do Judiciário, plantou documentos falsos e muito mais. Mas, na hora de responder por seus atos, fugiu sorrateiramente pela Argentina. Um bom resumo dos tempos em que vivemos: uma postura nas redes sociais, outra completamente diferente na vida real.
Sessão concorrida
Muita gente compareceu ao plenário da Câmara de Vereadores de Capivari de Baixo na última segunda-feira, numa sessão movimentada em que foi lido o relatório da comissão processante composta por três vereadores — um de oposição e dois da base do governo. O placar não surpreendeu: 2x1 pelo arquivamento. Em seguida, o relatório foi votado em plenário, com resultado apertado: 6x5 pelo arquivamento definitivo. O governo agiu rápido, reuniu sua base e garantiu o resultado, ainda que com articulação um tanto amadora.
Papel da Câmara de CB
Em tese, a Câmara cumpriu seu papel com maturidade e demonstrou sua força. Cada bloco agiu dentro do esperado. O presidente Muraro surpreendeu ao votar com a oposição, mandando um sinal claro ao Executivo. E um Executivo sem o presidente do Legislativo ao lado não está em situação confortável. Apesar do arquivamento da denúncia, as investigações ganham força no Ministério Público — e um dia a conta chega.
O processo continua
No Tribunal de Contas, o foco principal da denúncia segue em análise. Hoje se perde, como parece ter acontecido, mas amanhã a vitória pode vir por outras vias. Poucos sabem que, com esse resultado, o prefeito Claudir perdeu a maioria absoluta na Câmara: agora são 5 contra 6. Isso preocupa — e com razão. Em terra de cego, quem tem um olho é rei. Mas é bom lembrar: maioria no Legislativo pode mudar todo o jogo. Portanto, sem festa. Sem comemoração.
Nas ondas da Tubá
Na última semana, recebi no Entrevista Tubá um dos grandes nomes da política atual: o prefeito João Rodrigues, de Chapecó, pré-candidato ao governo do Estado. João não poupou críticas ao governador Jorginho por, mais uma vez, não comparecer a atos oficiais com o presidente Lula. Vai, ao seu estilo, riscando o chão.
PT na Tubá
Neste sábado (7), o PT de Tubarão oficializa a transição de comando. O atual presidente, Matheus Madeira, passará o posto à futura mandatária, Stael Stüpp. Ambos estarão na Tubá para conversar sobre o futuro da esquerda na região, o governo Lula e as eleições de 2026 e 2028. Para quem gosta de política, é imperdível.
Rachadinha no ar
Infelizmente, o tema “rachadinha” se tornou comum no noticiário recente. O lado bom é que as investigações continuam. Há rumores de que uma cidade da região está sob observação, com casos envolvendo mais de uma liderança. É esperar para ver.
Jogando o jogo
O governador Jorginho Mello (PL) está disposto a tudo para atrair o PSD à sua aliança de reeleição em 2026. Tenta convencer as maiores lideranças do partido. No entanto, enfrenta um obstáculo aparentemente intransponível: a palavra do presidente nacional, Gilberto Kassab, de que o PSD terá candidatura própria ao governo do Estado. Foi um recado duro aos indecisos do partido — e uma certeza para João Rodrigues, que pode seguir firme como candidato.
O dilema de Seif
O mandato do senador Jorge Seif está ameaçado. O julgamento no TSE já foi marcado e, nos bastidores, a cassação é dada como certa por abuso de poder econômico na eleição de 2022. Duas possibilidades: uma nova eleição para o Senado ou a posse do segundo colocado — no caso, o ex-governador Raimundo Colombo (PSD). O cenário ainda está em aberto, mas promete debates intensos.
Será que agora decola?
Foi assinado o contrato de Parceria Público-Privada (PPP) para o aeroporto regional, válido por 30 anos. Com isso, estão previstas várias melhorias e a implantação de 12 voos a partir de agosto. O governo cumpriu o prometido. Com quase um milhão de pessoas nas três regiões do Sul, o projeto tem tudo para se tornar viável. Agora é torcer para que decole — de verdade.