O Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE-SC) divulgou um relatório que aponta indícios de irregularidades na concessão de bolsas do programa Universidade Gratuita e Fumdesc. Segundo o levantamento, ao menos 18 alunos mantiveram em seu cadastro familiares que já estavam mortos ou que faleceram durante o semestre letivo em 2024.
O relatório estima que 18.383 bolsistas estão matriculados sob algum indício de irregularidade, o que pode significar um prejuízo de R$ 324 milhões aos cofres públicos. Deste total, cerca de R$ 150.642,34 foram direcionados a estudantes com registro de familiares em óbito constante na matrícula.
A maior parte dos cadastros irregulares foi localizada em universidades do Alto Vale do Itajaí e Sul de Santa Catarina. O TCE-SC destacou que os casos registrados em 2025 servem para demonstrar a cautela que se deve ter em caso de permanência do aluno no programa, considerando os casos de falecimento de familiar.
A secretária de Estado da Educação, Luciane Ceretta, afirmou que a pasta recebeu com seriedade o relatório do Tribunal de Contas do Estado e solicitou detalhamento técnico acerca do documento.