Um elefante-marinho que descansava na faixa de areia entre Araranguá e Balneário Rincão, no Sul de Santa Catarina, foi perturbado por um grupo de pessoas durante a madrugada de domingo (17). O animal, que havia chegado à região dois dias antes, acabou voltando ao mar antes do previsto.
De acordo com biólogos que acompanhavam o mamífero, a área já estava isolada para evitar a aproximação de curiosos, mas mesmo assim algumas pessoas se reuniram em volta dele, acenderam faróis de carro e chegaram a correr atrás do animal. Imagens que circulam nas redes sociais mostram a cena. O caso foi denunciado ao Ibama.
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O elefante-marinho, um macho adulto com mais de três metros de comprimento, tinha uma marcação na nadadeira que revelou sua origem: as Ilhas Malvinas, a cerca de 2 mil quilômetros da costa catarinense. Especialistas explicam que o animal estava exausto da longa travessia e precisava de repouso. Antes mesmo da perseguição em grupo, ele já havia sido incomodado por um motociclista que passou próximo à praia.
A ONG Educamar, responsável pelo monitoramento, lamentou a perturbação e alertou que esse tipo de atitude pode comprometer a sobrevivência do animal. Os responsáveis foram identificados e o caso encaminhado aos órgãos de fiscalização.
Segundo a bióloga Suelen Santos, a expectativa é que o mamífero tenha conseguido retornar à sua rota natural e à colônia reprodutiva, sem maiores consequências. “O que ele precisava era apenas descansar. Esperamos que esse episódio não tenha resultado em um desfecho trágico”, afirmou.