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20/10/2025 09h46

Idosa doa 3 órgãos após morte aos 71 anos e realiza sonho: 'Queria muito ser doadora, sempre se cuidou', diz filha

Eva Gessi Dallabarba nasceu no Dia Nacional da Doação de Órgãos e sempre falou à família sobre o desejo de ser doadora. Fígado e os dois rins ajudaram três pessoas
Idosa doa 3 órgãos após morte aos 71 anos e realiza sonho: 'Queria muito ser doadora, sempre se cuidou', diz filha

Eva Gessi Dallabarba, natural do Rio Grande do Sul, mas residente em Porto Belo, no Litoral Norte de Santa Catarina, sempre teve o desejo de ser doadora de órgãos. Nascida no Dia Nacional da Doação de Órgãos, ela completou 71 anos em 27 de setembro e faleceu poucos dias depois, em 10 de outubro, vítima do terceiro Acidente Vascular Cerebral (AVC).

 

Mesmo diante da dor da perda, a família encontrou conforto em realizar o desejo de Eva: fígado e rins foram doados a três pessoas que aguardavam por transplante. A filha mais nova, Liliane Dallabarba, lembra com carinho das conversas que a mãe tinha sobre o tema desde a infância dos filhos.

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“Ela sempre nos dizia que queria ser doadora. Cuidava da saúde, se alimentava bem e se hidratava corretamente, porque sabia que isso seria importante para poder ajudar alguém no futuro”, contou Liliane.

 

Eva morava em Santa Catarina há 38 anos, onde criou os três filhos e trabalhou como cozinheira. Segundo a família, ela sempre ressaltava a importância da doação de órgãos e incentivava os filhos a conversarem sobre o assunto.

 

Por lei, não é possível que a família saiba quais pacientes receberam os órgãos, mas Liliane destaca o orgulho pelo gesto da mãe e acredita que a história pode inspirar outras pessoas a manifestarem seu desejo de doar.

 

“Talvez eu tenha perdido minha mãe, mas outra pessoa poderá ficar mais tempo com a dela. Outra avó poderá acompanhar os netos por mais tempo”, disse a filha.

 

O coordenador estadual de Transplantes de Santa Catarina, Joel de Andrade, reforça que a maneira mais eficaz de se tornar doador é comunicar o desejo à família. “O gesto de Eva é um exemplo que pode ser seguido por qualquer pessoa, independentemente da idade. A doação dela ajudou três famílias”, explicou Liliane.

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Nos primeiros sete meses de 2025, Santa Catarina registrou 982 transplantes de órgãos e tecidos. Os procedimentos mais comuns foram córneas (317), rins de doadores falecidos (174) e fígado de doadores falecidos (74).

 

“Conversar com a família, dizer ‘eu sou doador’ em qualquer momento do dia, é o suficiente para que essa decisão seja cumprida”, completou Liliane.


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