
O apresentador Luciano Huck, de 54 anos, se manifestou nesta sexta-feira (5) após a repercussão de imagens em que pede para que indígenas não utilizassem celulares durante a gravação de um projeto no Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso. A orientação gerou críticas nas redes sociais e levantou debate sobre respeito à cultura e à autonomia dos povos originários.
Em nota divulgada por sua assessoria, Huck afirmou que a solicitação não teve caráter de imposição cultural, mas teria sido apenas uma escolha técnica relacionada à estética da produção. Segundo o comunicado, a orientação foi motivada por critérios de “direção de arte”, com o objetivo de não interferir no resultado das imagens.
“Minha relação com as comunidades indígenas no Brasil atravessa décadas. Sou, e sempre serei, defensor dos povos originários, de sua cultura, de sua territorialidade e de sua preservação. Sobre a imagem em questão, registrada nos bastidores de uma gravação, é importante esclarecer que não se tratou de impor qualquer tipo de limitação cultural ou de consumo. Foi apenas uma decisão de direção de arte, um ajuste pontual dentro do contexto de um set de filmagem”, afirmou a nota.
Nos bastidores, o apresentador também pediu que indígenas que não estivessem utilizando trajes tradicionais se mantivessem afastados das câmeras durante as gravações. Em um dos trechos que circularam nas redes, Huck afirma que a presença de celulares nas imagens poderia “mexer com a cultura original” e reduzir o impacto da cena.
A declaração dividiu opiniões e reacendeu discussões sobre a forma como a cultura indígena é representada em produções audiovisuais e o respeito às comunidades retratadas.
