
Neste domingo 7, em seu primeiro compromisso público desde que anunciou sua entrada na corrida presidencial, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) mostrou que sua pré-candidatura nasce envolta em cálculo político — e, segundo ele próprio, com margem para recuo. Em Brasília, após participar de um culto, o senador afirmou abertamente que pode não levar o projeto até o fim. E fez isso usando uma frase que já repercute no tabuleiro político: “Eu tenho um preço”.
“Olha, tem uma possibilidade de eu não ir até o fim. Eu tenho um preço para isso. Eu vou negociar. Eu tenho um preço para não ir até o fim”, declarou, cercado por apoiadores e assessores. Questionado se esse “preço” teria relação direta com a votação da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, Flávio reagiu com ironia: “Tá quente, tá quente”, respondeu, sem estender o assunto.
Nesta segunda-feira 8, o Zero Um iniciará uma rodada de conversas com líderes do Centrão, incluindo Valdemar Costa Neto (PL), Ciro Nogueira (PP), Antonio Rueda (União), Marcos Pereira (Republicanos); na terça-feira, deve visitar o pai Jair Bolsonaro para tratar das alianças discutidas.
