Nesse sentido, o pediatra Paulo Telles, membro da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), relatou ao portal R7 algumas recomendações e cuidados que se deve ter ao levar as crianças para brincar em cama elástica e pula-pula.
- Deve ser sempre respeitada a capacidade máxima de peso e crianças do brinquedo, informada no manual de instruções
- O pula-pula deve estar bem fixo no chão
- Não se deve usar água ou sabão durante a brincadeira
- Se for colocar mais de uma criança, que elas tenham idade, peso e altura similares
- Não permitir saltos com cambalhotas ou piruetas
Nelson Douglas Ejzenbaum, pediatra, neonatologista e membro da AAP (Academia Americana de Pediatria), afirmou que, sem os cuidados necessários, as camas elásticas podem ser brinquedos perigosos.
Ele explicou que “tem que ter as proteções laterais e tem que obedecer ao número máximo de crianças, de acordo com o tamanho do pula-pula, para que elas não caiam umas em cima das outras”.
Caso ocorra um acidente, as crianças podem sofrer ferimentos mais leves, como lesões e fraturas, ou até mais sérios e preocupantes, como um traumatismo craniano.
Ejzenbaum afirmou que, existem casos mais graves onde “crianças caem errado ou pulam de forma errada, ou seja, dão mortais“. Assim, pode acontecer de a criança cair e ter uma lesão medular causando até tetraplegia ou paraplegia, alertou o pediatra.
Dessa maneira, os médicos enfatizam que a presença de um responsável é necessária durante o uso de pula-pulas. “Deve ter o controle da intensidade da brincadeira e tempo utilizado, além de controlar o número de crianças por vez e separar por idade”, explica a médica Anna Bohn.
A pediatra ainda conta que se a brincadeira estiver muito intensa, ela deve ser interrompida imediatamente. “Crianças menores de 5 anos idealmente não devem utilizá-lo”, completou, se referindo ao brinquedo.