Um adolescente de 16 anos foi internado provisoriamente pela Justiça após ser acusado de estuprar o próprio irmão, de 5 anos, e de produzir vídeos e fotos pornográficos da vítima. A prisão ocorreu na quarta-feira (23), depois que a polícia encontrou evidências do crime. O jovem foi encaminhado para a Fundação Casa, onde aguardará o julgamento.
A investigação teve origem em uma operação da Polícia Federal do ano passado, que prendeu um homem identificado como Gabriel em posse de material ilícito. Durante a análise do material apreendido, os agentes descobriram que parte dele havia sido produzida no quarto do adolescente, residente em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, com seus pais e o irmão mais novo.
Os pais do adolescente desconheciam os abusos. A criança recebeu apoio psicológico. As autoridades apuraram que o adolescente acreditava estar conversando com uma jovem no aplicativo de mensagens Zangi. No entanto, o perfil era administrado por Gabriel, que teria incentivado o adolescente a cometer os abusos e produzir o material pornográfico.
O aplicativo Zangi, utilizado na comunicação entre o adolescente e o suspeito, possui criptografia que dificulta a interceptação de mensagens e permite o envio de imagens de alta qualidade mesmo em conexões lentas. A polícia apreendeu o material compartilhado e prossegue com as investigações.
O caso levanta um debate sobre a necessidade de maior monitoramento das interações online de crianças e adolescentes e de uma fiscalização mais rigorosa sobre aplicativos de comunicação e compartilhamento de conteúdo.