O radialista João Azim Junior, de 59 anos, morreu em 27 de março após cair no fosso de um elevador no centro de São Paulo. Imagens de segurança do prédio, divulgadas recentemente, trazem novos questionamentos sobre as circunstâncias da morte. O vídeo mostra o radialista tentando sair de um elevador com defeito, preso entre andares, mas escorregando e despencando em um fosso de aproximadamente 10 metros de altura.

O que mais intriga a investigação é o estado de João antes da queda. As imagens e um prontuário médico revelam que ele já estava ferido, apresentando um sangramento na região da costela direita. Além disso, fotos anexadas ao inquérito mostram manchas de sangue em um andar diferente do local da queda, e o apartamento onde ele vivia com os filhos foi encontrado revirado. Esses detalhes levantam a suspeita de uma possível briga familiar antes do incidente, o que está sendo apurado pela polícia.

João Azim Junior, natural do Ceará, havia se mudado para São Paulo em dezembro do ano passado para cuidar de sua mãe de 88 anos, que tem Alzheimer. A situação da mãe, agora sob os cuidados do filho mais novo, também é uma preocupação. A família do radialista, que era ex-servidor público e comentarista esportivo em uma rádio cearense, com uma forte ligação com o Fortaleza Esporte Clube (sendo inclusive irmão do ex-presidente Osvaldo Azim), cobra respostas e uma investigação completa, incluindo a perícia no local e a inclusão de todas as provas no inquérito. A administradora do prédio já entregou as imagens ao Instituto de Criminalística, e a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo investiga o caso como “morte suspeita”.