
A Polícia Civil do Distrito Federal revelou quem era o responsável por um perfil que imitava o ator americano Dwayne Johnson para aplicar golpes amorosos em mulheres brasileiras. A investigação, parte da Operação The Rock, deflagrada nesta quinta-feira (4), identificou o suspeito como Honore Ode, de 32 anos, natural do Benin, na África. Ele morava em Florianópolis e, segundo a polícia, atuava como operador financeiro de um esquema internacional de estelionato.
De acordo com a investigação, o grupo criava perfis falsos extremamente convincentes, usados para iniciar conversas afetivas com as vítimas. As mensagens obtidas pelos policiais mostram a estratégia: o golpista começava com cumprimentos simples e tentava criar laços rapidamente. Em seguida, oferecia supostos prêmios, como iPhones e dinheiro, escolhidos em um falso sorteio.
Após a promessa de presentes, o golpe avançava para a fase financeira. O criminoso pedia que a vítima saísse da rede social e informasse o próprio número de WhatsApp, onde então era convencida a pagar “taxas” e “custos de liberação”. Os valores recebidos por PIX eram redistribuídos imediatamente para dificultar o rastreamento.
Durante a operação, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos, e Honore foi preso preventivamente. Com ele, a polícia apreendeu celulares e outros dispositivos usados para coordenar o esquema, que contava com participantes estrangeiros — os IPs investigados levam a países africanos.
Entre as vítimas identificadas, uma mulher do Distrito Federal perdeu R$ 11,6 mil. Outra, de Minas Gerais, teve prejuízo de R$ 80 mil.
O suspeito vai responder por estelionato eletrônico, crime com pena que pode chegar a oito anos de prisão, além de multa. As investigações continuam para identificar outros integrantes da quadrilha.
