O crescimento dos casos é uma preocupação constante para os especialistas, principalmente pelo preconceito em torno da doença. “A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) o que para muitas pessoas é erroneamente motivo de vergonha. Isso dificulta o tratamento e torna a doença potencialmente mais perigosa, pois o estágio avançado da sífilis pode trazer complicações cardíacas e neurológicas”, explica a doutora Natália Piovani, ginecologista do Plunes Centro Médico, em Curitiba (PR).
“A infecção pode ocorrer em qualquer fase da gravidez e as consequências podem ser o aborto do feto, natimortalidade, nascimento prematuro e recém-nascidos com complicações da doença, apesar de aparentemente saudáveis”, conta Camilla Pereira, pediatra do Plunes Centro Médico. O tratamento é realizado por meio de doses de penicilina benzatina na mãe e no parceiro durante três semanas e, se necessário, o bebê pode receber penicilina benzatina ou cristalina, dependendo dos exames e tratamento da mãe durante a gestação.
“O Sistema Único de Saúde oferece o tratamento e os exames de diagnóstico. É extremamente importante que as gestantes procurem realizar todos os exames durante a gravidez e em caso de detecção da sífilis iniciem o quanto antes o tratamento. Do contrário, ela, o bebê e até mesmo o parceiro podem sofrer consequências para toda a vida”, alerta doutora Camilla.