Do twitter para o jiujitsu. Assim se desenvolveu o relacionamento do advogado Daniel Rodrigues Kinchescki, 26, com a bolsista de Nutrição pela UFSC Ana Hávila Alves Kinchescki, 26. Os dois moram em Florianópolis e no dia 14 de abril deste ano, celebraram um casamento no tatame.
“Começamos a criar uma amizade por causa do jiu jitsu. A gente treina no mesmo local, um projeto social da igreja, e nossa amizade foi se fortalecendo no tatame”, conta Daniel. “No início eu odiava ele”, brinca Ana Hávila, “mas sempre que a gente conversava, antes de se conhecer pessoalmente, era sobre o jiu jitsu”.
A cerimônia foi simples: todos os que participaram ficaram ajoelhados no tatame, na posição em que ficam durante o treino, por ordem de graduação no jiu jitsu; na frente, onde seria o púlpito da igreja, ficaram os mestres, os professores do jiu jitsu.
“Primeiro eu entrei, depois Hávila. A gente estava vestindo apenas a calça do quimono e uma camiseta, aí os padrinhos entraram com a parte de cima e nos ajudaram a vestir. Depois vieram as crianças com as faixas, que seriam as alianças”, explica Daniel. Na hora dos votos e do juramento, um amarrou a faixa no outro.
Os membros da igreja, presbiteriana, e do jiu jitsu adoraram a ideia, principalmente por ser algo diferente – na internet pelo menos, não existe nada parecido. “A galera amou a ideia e toparam logo de cara, já a família...”, conta Hávila aos risos.
Mas eles fizeram algo mais “oficial” após o casamento civil, cinco dias antes de subirem ao tatame. “No dia 9 de abril, logo após o casamento civil no cartório, recebemos uma benção do pastor da igreja e transmitimos numa live pros nossos familiares”, conta Hávila, que é natural de Monteiro, na Paraíba.
Daniel é faixa azul em jiu jitsu, com quatro graus – quando o mestre achar que está pronto, ele pode pegar a faixa roxa – e Hávila é faixa branca com dois graus, na metade do caminho para pegar a faixa azul.
Foto: Fabiano Ribeiro