Então, o que está acontecendo? É hora de se preocupar ou estamos apavorados demais depois do trauma da covid? Para cientistas ouvidos pela BBC, não é preciso se alarmar por enquanto, mas é importante prestar atenção às medidas de proteção e ao avanço da doença.
Vamos deixar claro: não estamos diante de uma nova Covid nem de novos lockdowns para conter a propagação da varíola dos macacos.
Até há pouco, o avanço do vírus desse tipo de varíola era bastante previsível.
O lar natural do vírus são os animais selvagens - na verdade roedores, e não macacos. O nome foi dado porque a doença apareceu primeiro em macacos de laboratório.
Um humano nas florestas tropicais da África Ocidental e Central entrou em contato com uma criatura infectada e o vírus foi transmitido entre as espécies.
O vírus causa febre, dores no corpo e mal-estar. A pele infectada, então, irrompe em uma erupção cutânea, que forma bolhas e depois se transforma em crostas.
O vírus está agora fora de seu habitat natural e luta para se espalhar, por isso precisa de contato próximo prolongado para continuar. Portanto, os surtos tendem a ser pequenos e se esgotam por conta própria.
Não é mais o caso:
Pela primeira vez o vírus está sendo encontrado em pessoas sem histórico de viagem ou ligações com a África Ocidental e Central;
Não está claro de quem as pessoas estão pegando;
Embora não seja descrito como um vírus sexualmente transmissível, a varíola dos macacos se espalha durante atividades sexuais, por meio do contato próximo e lesões nas áreas genitais.