Em uma era em que o acesso a entretenimento digital e televisão nunca foi tão fácil, muitos idosos acabam passando horas a fio em frente às telas, negligenciando atividades que trazem benefícios à saúde física, mental e emocional. Embora a televisão ofereça distração e conforto, o excesso de tempo dedicado a esse hábito traz impactos negativos para a população idosa.
Estudos apontam que atividades que desafiem tanto a mente quanto o corpo — como caminhadas, leitura, jogos e interação social — reduzem o risco de demência, fortalecem o sistema cardiovascular e melhoram a imunidade. Esses hábitos diminuem o isolamento social e são fundamentais para o equilíbrio emocional. “A ausência de estímulos ativos pode aumentar os riscos de isolamento e sintomas de depressão nos idosos. Manter-se física e mentalmente ativo é uma necessidade básica, não um luxo,” afirma a Dra. Júlia Geórgia Chagas, biomédica especialista em gerontologia.
Dados de uma pesquisa da Universidade de Queensland, na Austrália, revelam que idosos que assistem à TV por mais de quatro horas diárias tem até 80% mais chances de desenvolver sintomas de ansiedade e estresse em comparação aos que dedicam esse tempo a atividades sociais e recreativas. O estudo reforça a importância de substituir hábitos sedentários por práticas que proporcionem estímulos variados.
Para promover um envelhecimento saudável e cheio de qualidade de vida, a Dra. Júlia recomenda pequenas mudanças diárias, como uma breve caminhada, jogos que estimulem a mente e encontros sociais. “São as pequenas mudanças diárias que não apenas prolongam a vida, mas a tornam mais significativa,” ressalta.
Estimular o corpo e a mente ajuda não apenas a preservar a memória e a atenção, mas também a manter o bom humor e o bem-estar emocional. Segundo a Dra. Jília, o objetivo é aproveitar essa fase ao máximo, com hábitos que tragam alegria, contato humano e disposição para viver cada dia com saúde e propósito.