Um homem identificado como Luis Fabiano da Silva, suspeito de liderar um grupo extremista investigado por planejar um ataque com explosivos durante o show da cantora Lady Gaga no último sábado (3), foi solto após pagar fiança. A apresentação reuniu mais de dois milhões de pessoas na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Luis Fabiano havia sido preso em Novo Hamburgo (RS) por porte ilegal de arma. Segundo as autoridades, ele seria um dos líderes de uma organização que pregava discurso de ódio na internet e recrutava jovens para ataques com artefatos caseiros, como coquetéis molotov. Apesar de libertado, ele deve passar por audiência de custódia nesta segunda-feira (5).
Durante a mesma operação, um adolescente de 17 anos foi apreendido no Rio de Janeiro por armazenar material de pornografia infantil. As investigações apontam que o grupo atuava por meio de plataformas online, como o Discord, onde propagava mensagens violentas e extremistas. Entre os alvos dos discursos de ódio estavam crianças, adolescentes e pessoas LGBTQIA+. Também eram incentivados atos de automutilação e pedofilia.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que o grupo via os ataques como “desafios coletivos” com o objetivo de viralizar nas redes sociais. A operação envolveu 13 mandados de busca e apreensão em quatro estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Foram recolhidos equipamentos eletrônicos e outros materiais que agora serão analisados.
O alerta sobre a atuação da organização partiu da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil do RJ, que observou um aumento na radicalização de jovens em ambientes virtuais.