O jogo do Bahia contra o Ceará desta próxima segunda-feira (21), no estádio de Pituaçu, em Salvador, será marcado pelas manchas de óleo que atingem as praias de todo o Nordeste brasileiro. Em protesto, jogadores do clube baiano usarão uniformes manchados de óleo. “O problema é seu. O problema é nosso”, diz o manifesto do clube, que cobra punição aos responsáveis pela tragédia ambiental, não identificados até então.
No Twitter oficial do Esporte Clube Bahia, um pedido de socorro: “SOS! Vazou… também na camisa do Esquadrão. Por medidas de redução do impacto ambiental e pela punição aos responsáveis, nossas camisas estarão manchadas de óleo no jogo de amanhã – como as praias do Nordeste”.
Foi publicado, também, um manifesto na página oficial do Bahia, intitulado SOS Praia – Manchas de óleo chegaram às nossas camisas. O protesto é um convite à reflexão. “O que faz um ser humano atacar e destruir espaços sagrados?”, pergunta o documento. “O lucro a qualquer custo pode ser capaz de destruir a ética e as leis que regem e viabilizam a humanidade?”, questiona o clube.
Desde o início de setembro, manchas de óleo chegaram ao litoral brasileiro, causando estranhamento das autoridades. O presidente Jair Bolsonaro até mesmo levantou suspeita de que o óleo teria como origem um dos países vizinhos do Brasil, a Venezuela. O país nega.
A Polícia Federal investiga para tentar descobrir, afinal, a origem do óleo. Especialistas culpam o governo federal pela falta de ação prática, enquanto, nas praias de Pernambuco, Bahia e Alagoas, voluntários retiram no braço – literalmente – o que conseguem das areias. Sacos e mais sacos de lixo são preenchidos pelo produto.