"A atitude é temporalmente inoportuna. A ANTT cumpriu o rito e a transparência exigidos. Foram quatro meses disponíveis para manifestação por escrito ou verbal, nas três audiências públicas. Prazo razoável para fazer uma análise fundamentada, articular um movimento e se contrapor ao proposto", afirma Aguiar. Ele observa que a FIESC não só participou das audiências como analisou tecnicamente a proposta, concluindo pela coerência do plano de exploração. Nas audiências, a Federação sugeriu a aplicação de parte dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) para implantar o pedágio por quilômetro rodado.
Para a Fiesc, a reação contra a concessão é fundamentada principalmente na discrepância da tarifa proposta com a praticada no trecho norte. "Os valores foram definidos pelo volume de tráfego e projeção de receita e investimentos. É também uma tarifa de referência, sujeita ao deságio, que no caso do trecho norte foi de 60%", argumenta. Outro questionamento é em relação ao número e à disposição das praças de pedágio. "Enfatizamos que não se trata de definição aleatória. Foi considerado o melhor arranjo para viabilizar R$ 3,9 bilhões de investimentos e a remuneração do investidor", completa.
Para Aguiar, é preciso haver uma reflexão sobre os reais benefícios do gesto, considerando a complexidade do tema, que é estratégico para o desenvolvimento socioeconômico do Estado e para o futuro da BR-101.
Leilão no dia 21: Conforme o Ministério da Infraestrutura, o leilão do trecho Sul da BR-101 será realizado no dia 21 de fevereiro, na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). No total, 220 quilômetros serão concedidos entre os municípios de Paulo Lopes/SC e São João do Sul/SC – divisa do estado com o Rio Grande do Sul. O vencedor do leilão terá o direito de administrar a rodovia por 30 anos.
Fonte: Engeplus.