A tubaronense Laís Rodrigues da Rosa, de 20 anos, foi aprovada no vestibular mais difícil do Brasil. A jovem foi uma das 87 pessoas que passaram no vestibular e vai integrar o Instituto Militar de Engenharia (IME), no Rio de Janeiro, a partir deste mês de janeiro. Laís foi a única catarinense a ser aprovada este ano para a faculdade.

A estudante detalha a rotina para se preparar para o vestibular e ser aprovada. “Em 2021 ganhei uma bolsa de estudos para estudar em Fortaleza, no Farias Brito, que é um dos melhores cursinhos do país para o IME. Então fiquei lá por três anos estudando. As aulas do cursinho eram das 13h30 até às 22h e de manhã eu chegava às 7h30 para estudar os conteúdos que eles davam durante o dia. Eram umas 14 horas por dia de estudo e nos fins de semana tinham os simulados também e outros vestibulares que fazíamos”, comenta Laís.

Com todo esse esforço, Laís foi aprovada no IME, mas também em outras instituições como a Escola Naval, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (ESPCEX), a Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM) e a Academia da Força Aérea (AFA). A tubaronense conta qual foi a emoção de ver a aprovação no Instituto que sonhava em estudar.

“Quando vi que tinha passado foi uma sensação muito boa de alívio e de felicidade mesmo, porque eu já tinha tentado dois anos e não tinha passado nem para a segunda fase do concurso. E então esse ano foi a primeira vez que passei para a segunda fase e aí já passei também no concurso. Eu fiquei muito feliz, foi realmente uma sensação de alívio e de felicidade”, lembra.

O Instituto Militar de Engenharia foi a primeira escola de engenharia das Américas e a terceira escola de engenharia no mundo, fundada em 1792. Laís explica o que a motivou a cursar essa faculdade. 

“Sempre tive muito interesse em matemática e aí eu queria alguma coisa que seguisse mais para a área de exatas. Então no Ensino Médio eu comecei a pesquisar as faculdades e vi que essa era uma das melhores e comecei a me interessar por fazer esses vestibulares. No Rio de Janeiro vão ser cinco anos de graduação em engenharia. Tem 10 engenharias que eu posso escolher, mas os primeiros dois anos é curso básico e aí depois cada um escolhe sua especialização. Eu penso agora em Engenharia Química ou Engenharia de Computação, mas ainda não tenho 100% certeza. Vou deixar pra decidir quando finalizar os dois primeiros anos”, detalha a estudante.

Para quem quer seguir os passos de Laís e ingressar em uma das melhores instituições do Brasil, a tubaronense dá algumas dicas. “Minha dica é sempre focar, ter muita disciplina, determinação e nunca desistir dos sonhos, porque é isso que faz tudo valer a pena no final. Todos esses anos de estudo compensam depois que você consegue o que você queria”, diz Laís.