Entrevista exclusiva
O novo coordenador da Coordenadoria Regional da Defesa Civil, Eron Flores, chega ao cargo em meio a uma atmosfera de luto e esperança. A perda prematura de Anderson, que se destacou pela dedicação, deixa um legado imenso, e é com respeito e responsabilidade que Eron iniciou seus trabalhos. “Ficamos felizes com a indicação para o cargo e a chance de dar continuidade ao trabalho que o Anderson realizava, mas sentimos uma tristeza profunda por termos perdido um amigo tão especial”, reflete Eron.
29 anos de trabalho e contando
Eron Flores possui uma carreira que se estende por mais de 29 anos, trazendo muita bagagem para sua nova função. Ingressou na Polícia Militar em 1995 e, após experiências como salva-vidas e em diversas localidades, encontrou sua vocação no Corpo de Bombeiros. “Pelo Corpo de Bombeiros, trabalhei nas cidades de Criciúma e Araranguá, enfrentando as mais diversas ocorrências na região sul do estado”, relembra. Passou pela Casa Militar, e depois, em 2011, trabalhando no Centro de Ensino do Corpo de Bombeiros, Eron foi homenageado. "Tive meu nome escolhido para a turma de formatura de Soldados de 2011 – Turma Soldado BM ERON FLORES. Neste ano finalizei a graduação de Odontologia pela UFSC também".
Mas nesta nova etapa, conforme conta Eron durante a entrevista para o Portal HC, assumir a coordenadoria trouze alguns desafios consideráveis. No momento, seu trabalho se resume à tarefa de compreender os procedimentos da Defesa Civil e adaptar-se às necessidades atuais. “O maior desafio tem sido entender o funcionamento da Defesa Civil e como agir em cada novo evento”, admite. No entanto, ele conta com um suporte de peso: “Tenho recebido apoio incondicional de toda a estrutura da Secretaria Estadual da Proteção e Defesa Civil, além da colaboração de colegas experientes como o Sargento Miranda e o Sargento Rafael.”
Prioridades no momento
Muito do que foi feito no passado serve de base no momento. A figura de Anderson, que deixou uma marca que nunca irá se apagar, é constantemente mencionada por Eron. “O legado deixado pelo Anderson ultrapassa a região da Amurel. Ele era incansável, e por onde tenho passado, só recebo elogios e ótimas lembranças", destaca. Dando continuidade a 49 projetos em andamento, Eron tem a tarefa de manter o ritmo, com destaque para as obras de kits de transposição em ferro e concreto em municípios como Grão Pará e Pedras Grandes.
Mas não são apenas essas as prioridades de Eron. No momento, ele também cuida da atualização dos municípios quanto à correta decretação de Situação de Emergência (SE) e Estado de Calamidade Pública (EPP). “Sem a devida homologação do Estado e da União, é difícil receber aporte financeiro necessário para enfrentar e recuperar das adversidades”, explica. Ele também se empenha em estreitar laços com coordenadores municipais e aprimorar as equipes locais. “É importante que todos os municípios tenham equipes especializadas e prontas para a ação”, sublinha.
Visitas aos municípios
Muito do que a coordenação da Defesa Civil regional faz se desdobra a partir de visitas aos municípios. Estas idas in loco têm sido marcadas por uma recepção calorosa, reflexo do trabalho positivo realizado pelo sargento Anderson Cardoso anteriormente. “Onde quer que eu vá, a recepção é sempre positiva, repleta de boas lembranças do amigo Anderson”, conta Eron, que reintera o que aprendeu com seu antecessor: “O principal aprendizado é sempre tratar as pessoas com gentileza e respeito, fazendo a diferença na vida delas.”
Novos projetos e futuro
Para fortalecer a preparação e resposta a desastres, Eron e sua equipe estão implementando o projeto “Defesa Civil na Escola”, que capacita professores sobre gestão de risco e segurança. “Queremos promover a autoproteção e educar as futuras gerações sobre a importância da gestão de desastres”, afirma.
E desse ponto, ao olhar para o futuro da Coordenadoria Regional da Defesa Civil, Eron Flores é otimista. “Queremos dar continuidade aos bons serviços do Anderson. Esse futuro está sendo preparado com muito cuidado, unindo Município, Estado e União”, conclui.