Na manhã desta terça-feira (3), a cidade de Criciúma foi palco de mais uma tragédia envolvendo um policial militar. O agente foi morto a tiros na rua Tuiuti, no centro da cidade, próximo à escola Sebastião Toledo dos Santos (Colegião).

O autor dos disparos foi rapidamente preso por outras guarnições da Polícia Militar, mas o ocorrido reforça uma recorrente realidade: a violência letal contra aqueles que protegem a sociedade.

Este caso, infelizmente, não é isolado na região. Nos últimos anos, diversos episódios similares ocorreram, mostrando o risco constante enfrentado pelos agentes de segurança pública no sul de Santa Catarina.

2020: Cabo João Batista Figueira Ribeiro

Em 1º de abril de 2020, o cabo João Batista Figueira Ribeiro, de 42 anos, morreu após ser baleado na cabeça durante o cumprimento de um mandado de prisão também em Criciúma. Ele e outros dois policiais faziam ronda quando receberam a denúncia de que um homem procurado pela Justiça estaria escondido no bairro Renascer.

Ao tentar cumprir a ordem judicial, Ribeiro foi surpreendido por disparos e não resistiu aos ferimentos. Outro policial também foi atingido, mas sobreviveu. O autor do crime fugiu e, até hoje, não foi capturado.

2020: Soldado Jeferson Luiz Esmeraldino
 

Ainda em 2020, em 30 de novembro, Criciúma foi palco de um dos maiores assaltos a banco da história do Brasil. O soldado da Polícia Militar Jeferson Luiz Esmeraldino, de 33 anos, foi gravemente ferido ao ser atingido por um tiro de fuzil durante a ação criminosa.

Cerca de 30 homens, fortemente armados, sitiavam o centro da cidade e disparavam contra policiais e civis. Esmeraldino foi baleado no abdômen, e, até hoje, encontra-se acamado e incapaz de se comunicar. O ataque deixou marcas profundas na cidade e destacou a audácia e a brutalidade das quadrilhas criminosas que atuam na região.

2011: Guarda Municipal Marcelo Goulart Silva

Voltando um pouco mais no tempo, em 10 de fevereiro de 2011, o Guarda Municipal Marcelo Goulart Silva, de 33 anos, foi morto em Tubarão, enquanto tentava impedir um assalto a uma relojoaria próxima à antiga rodoviária.

O agente foi alvejado por três tiros, disparados por criminosos durante o assalto. Sua morte chocou a cidade e revelou a vulnerabilidade dos agentes que atuam na linha de frente da segurança pública.