A Polícia Civil investiga a morte de um bebê durante o parto no Hospital Municipal Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú. O caso ocorreu na última sexta-feira (24) e, segundo relato do pai, Edemar Leitemperger, a esposa ficou mais de uma hora tentando um parto normal acompanhada apenas por enfermeiras, sem a presença de um médico. Ele registrou vídeos durante o atendimento e acusa o hospital de negligência.
A gestante, Dayla Fernanda Pedroso Ramos, foi submetida a uma cesárea de emergência após a tentativa de parto normal não apresentar evolução. Ela afirma que as enfermeiras não perceberam a falta de passagem para o nascimento do bebê. A criança não resistiu e morreu logo após o procedimento.
A prefeitura de Balneário Camboriú informou que o médico responsável foi afastado preventivamente enquanto uma sindicância apura possíveis falhas no atendimento. Em nota, a administração justificou que partos de baixo risco com evolução natural podem ser acompanhados por enfermeiras obstétricas, conforme resolução do Cofen.
Os pais da criança alegam que houve indução do parto, o que descaracterizaria a condição de "evolução natural". O Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) reforçou que é obrigatória a presença de uma equipe médica completa em sala de parto, incluindo ginecologista-obstetra e pediatra ou neonatologista, para reduzir riscos à mãe e ao bebê.