
A Prefeitura de São Miguel do Oeste confirmou, nesta quinta-feira (22), que os extensos estragos registrados durante a madrugada foram resultado de uma microexplosão atmosférica. Esse fenômeno meteorológico extremo gerou ventos que ultrapassaram os 100 km/h, acompanhados de chuva intensa. A avaliação técnica, realizada pela Defesa Civil Municipal após minuciosa vistoria nas áreas afetadas, corroborou a natureza severa do evento que atingiu a região.
O temporal causou danos a mais de 150 residências, resultando em destelhamentos, alagamentos e quedas de árvores, com os maiores prejuízos concentrados na área urbana, embora comunidades do interior também tenham sido impactadas. Três famílias ficaram desalojadas — duas devido a alagamentos e uma após o colapso estrutural de sua casa — e foram prontamente acolhidas por parentes. A intensidade dos ventos também comprometeu estruturas públicas, com duas das 25 escolas municipais permanecendo sem aulas nesta sexta-feira (23) por falta de energia e avarias nas instalações, enquanto os postos de saúde retomaram o atendimento normalmente.
A Secretaria de Assistência Social foi particularmente atingida, sofrendo com o telhado arrancado, fiação elétrica rompida e a explosão de um transformador, o que mantém os trabalhos internos suspensos. A expectativa é que a energia seja restabelecida até o fim desta quinta-feira, permitindo um retorno parcial das atividades internas já na sexta (24), com o atendimento ao público e o Centro de Convivência Infantil previstos para retornar na segunda-feira (27), sujeito a confirmação. Diante do cenário de destruição, o Conselho Municipal de Defesa Civil se reuniu no fim da tarde e deliberou pela elaboração de um decreto de estado de emergência, que deve ser publicado até sexta-feira (23) para facilitar o acesso a recursos e agilizar as ações de recuperação.
