
O ex-vereador de Florianópolis, Maikon Costa, foi condenado pela Justiça a uma pena de quase 10 anos de prisão por crimes contra a honra, ameaças e constrangimento contra membros do Poder Judiciário de Santa Catarina. A sentença, proferida pela juíza Naiara Brancher, da 3ª Vara Criminal da Comarca da Capital, impôs a ele 6 anos, 9 meses e 5 dias de reclusão em regime fechado, além de 2 anos e 11 meses de detenção em regime semiaberto, e o pagamento de 85 dias-multa.
Costa foi condenado por uma série de delitos, incluindo coação, perseguição (stalking), calúnia, denunciação caluniosa, desacato a funcionário público e interceptação de contato telefônico sem autorização judicial. Preso preventivamente desde agosto do ano passado, o ex-vereador teve o direito de recorrer em liberdade negado. A magistrada justificou a decisão afirmando que Maikon é reincidente e que sua conduta demonstra "completa indiferença e descaso com a integridade psicológica das vítimas".
Segundo o processo, Maikon Costa utilizava suas redes sociais para atacar a imagem do Poder Judiciário, além de coagir, perseguir e ameaçar diretamente os envolvidos em processos em que figurava como parte. Seu histórico de comportamento também inclui episódios de tumulto e ameaças dentro do Fórum da Capital, levando juízes a solicitar restrições de acesso ao réu. A juíza considerou que medidas cautelares alternativas seriam "ineficazes" e que a manutenção da prisão preventiva é necessária para proteger as vítimas e o funcionamento regular da Justiça, apesar das alegações da defesa sobre sua saúde e condição de autismo.
