JÁ SOMOS 531 DEPUTADOS

Ufa! Falar o quê? Escrever o quê? A Câmara dos Deputados não tem moral para criticar ninguém — nem o Executivo, nem o Judiciário — porque age de forma corporativista e, muitas vezes, por puro interesse pessoal. Saltamos de 513 para 531 deputados federais. Qual a solução para mudar esse quadro? Todo mundo sabe a resposta, mas na hora do voto... as mesmas figurinhas carimbadas são reeleitas — salvo raras exceções. Dizem que no Senado a coisa pode mudar de figura. Eu? Desconfio, como São Tomé: só acredito vendo. Mas, no Brasil, tudo vira jogo político. Aumenta-se lá, aumenta-se aqui. E segue o baile.

FUSÃO FEZ ÁGUA

Achei que não ia mais falar do PSDB, mas não tem jeito. De tempos em tempos, o partido aparece como um fantasma perdido na escuridão. O PSDB está tão enfraquecido que nem o PODEMOS conseguiu tirar o partido da UTI. A tão falada fusão entre os dois naufragou. Motivo? Não houve acordo sobre quem mandaria no novo partido. O PODEMOS até tentou, mas o PSDB não está em condições de exigir nada. Resultado: tudo voltou à estaca zero.

HÁ RESISTÊNCIA

Em Santa Catarina, o caso é ainda mais complicado. O deputado Marcos Vieira (PSDB) não conseguiu decolar como pré-candidato ao governo estadual em 2026. Talvez seja pretensão demais. O PODEMOS, aliado do governador Jorginho Mello, não quer arcar com essa conta. Há resistência em apoiá-lo. O PSDB, por enquanto, continua lutando para sobreviver ao seu próprio colapso político. Talvez uma filiação bombástica, como a de Ciro Gomes, dê um respiro. Talvez...

EM CIMA DO MURO

“Ainda não assinei com nenhum partido.” É cedo! Palavras do ex-governador Carlos Moisés, negando sua filiação ao PODEMOS. A declaração não foi feita diretamente a mim — até porque não espero esse tipo de atenção. Mas o recado está dado. A negativa de Moisés pegou mal entre as lideranças estaduais do partido. Vale lembrar que o PODEMOS é aliado declarado de Jorginho Mello — e Moisés é adversário declarado do governador. Ou seja: a distância entre eles faz sentido.

É MAIS FÁCIL NEGAR

Na mesma linha do amigo Moisés, o prefeito Agnaldo Filippi também nega que vá sair do PP. Mas a história é outra: ele foi, sim, convidado pelo governador. Na hora H, recuou. O roteiro é conhecido: primeiro sai a notícia, depois vem a negativa pública. Alguém duvida que Agnaldo será candidato a deputado estadual ou federal pelo PL, a pedido do governador? Eu duvido! Até porque ele não tem base interna no partido para sustentá-lo. Vai negar também, prefeito?

UPA E SEUS CAPÍTULOS

Não é por falta de dinheiro que a UPA ainda não foi entregue à população, como foi prometido. São os mesmos detalhes que há 13 anos emperram a obra. Quem critica hoje passou por lá e nada fez. Marcar data de entrega foi o erro: virou alvo. Agora surgem informações de que o terreno da UPA não estava no nome da prefeitura. A Vigilância Sanitária exigiu alterações no edital, que teve de ser refeito. A primeira licitação da gestão Soratto foi anulada — nenhuma empresa foi considerada habilitada. Segundo o prefeito, tudo isso atrasou a entrega.

COBRAR A UPA, POR QUÊ?

Não tenho procuração para defender a gestão atual — só quero ser justo com os fatos. Vi um vídeo no TikTok do vereador Matheus Madeira (PT), muito atuante como opositor, criticando a promessa não cumprida. Está no papel dele. Mas faltou lembrar que o seu partido também governou Tubarão por quatro anos e nada fez para tirar a obra do papel. Por que na sua gestão a UPA não andou? História é história — e não dá para apagar.

VALE LEMBRAR

Outros agentes políticos e até um setor pequeno da imprensa também lembraram da promessa da inauguração. Claro, como notícia. O erro do governo Soratto foi prometer uma data, justamente em período eleitoral. Se não prometesse nada, talvez ninguém lembrasse da UPA. Mas a verdade é uma só: os que hoje cobram também estiveram à frente da prefeitura e nada fizeram. A coluna, como sempre, segue aberta para contrapontos.

VICE-PREFEITO PRÉ-CANDIDATO

O vice-prefeito de Armazém, Guilherme Penacho (PL), começa a se destacar como pré-candidato a deputado estadual pela Amurel. Sabe que é preciso começar cedo, com responsabilidade, e respeitar a hierarquia interna do partido. Beto Martins ainda é o nome do PL para 2026, mas Penacho vai se posicionando.

NOMES DO PL DA REGIÃO

Além de Penacho, outros nomes já circulam como potenciais pré-candidatos. Tudo ainda de forma discreta, porque o PL espera a decisão de Beto Martins. Se Beto decidir por outro caminho, nomes como Grazzi, presidente do partido, e o vereador João Zabot já estão na fila. A cautela, no entanto, é clara: a eleição de 2022 ensinou que no PL, decisão se toma com precisão.