O senador colombiano Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, faleceu nesta segunda-feira (11) após mais de dois meses internado. Ele havia sido baleado na cabeça e na perna durante um comício em Bogotá, no dia 7 de junho. Uribe, que era um dos principais nomes da oposição e apontado como favorito nas eleições presidenciais de 2026, estava hospitalizado na Fundação Santa Fé desde o ataque.
No último sábado (9), seu quadro se agravou após uma hemorragia no sistema nervoso central, exigindo cirurgia de emergência. A esposa, María Claudia Tarazona, confirmou a morte. Uribe deixa um filho.
O atentado ocorreu em meio ao aumento de episódios de violência política na Colômbia, relembrando o clima de insegurança vivido nos anos 1990, quando três candidatos à presidência foram assassinados. Segundo as investigações, o senador foi atingido por tiros disparados por homens armados, e um adolescente de 15 anos foi apreendido com uma arma no local. Outras duas pessoas ficaram feridas.
Miguel Uribe era neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala e filho da jornalista Diana Turbay, sequestrada e morta em 1991 por criminosos ligados a Pablo Escobar — episódio narrado no livro Notícias de um Sequestro, de Gabriel García Márquez. Filiado ao partido de direita Centro Democrático, liderado por Álvaro Uribe Vélez, o senador foi o mais votado nas eleições parlamentares de 2022.
A morte repercutiu entre autoridades colombianas e internacionais. O presidente Gustavo Petro ordenou prioridade na investigação. O governo brasileiro, o secretário de Estado dos EUA e diversas lideranças políticas condenaram o ataque, classificando-o como um atentado contra a democracia e o livre exercício da política no país.