
Neste domingo (14), um acúmulo de lixo trazido pela maré chamou a atenção no bairro Magalhães, em Laguna, nas proximidades do cais onde pescadores costumam deixar seus barcos. Na margem da Lagoa , o cenário se repetia como tantas outras vezes. Galhos e folhas misturavam-se ao que sobra da pressa e do descuido humano.
Entre os itens retirados da água estavam garrafas pet, latinhas, uma cartela de remédios, uma jaqueta, um banco de bicicleta e até um pé de tênis. A origem do lixo é incerta. Pode ter sido descartado diretamente na lagoa ou carregado por cursos d’água que deságuam no local, como o Rio Tubarão.
O lixo retirado da água encheu uma sacola e um balde; isso porque havia mais lixo mais adentro da lagoa. Enquanto os resíduos eram retirados, os cachorros rondavam a margem, inquietos, atentos a cada movimento da água, loucos para pular na lagoa.
Em praias urbanas de Florianópolis, por exemplo, observa-se um aumento expressivo de lixo coletado durante a alta temporada de verão, com uma diferença que pode chegar a mais de 1.200% em comparação com o inverno (de cerca de 15 sacos por quilômetro de orla no inverno para até 200 sacos por quilômetro por dia no verão).
Outros estudos específicos nas praias de Santa Catarina mostrou que os itens de plástico foram responsáveis pela maior parte dos resíduos registrados, frequentemente acima de 80% do total coletado em areia e faixa de orla.
