
Trabalhadores dos Correios de ao menos sete estados brasileiros iniciaram uma greve por tempo indeterminado na noite desta terça-feira (16). A paralisação foi definida por sindicatos da categoria diante da ausência de uma proposta considerada satisfatória por parte da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).
Entre as principais reivindicações estão a manutenção de direitos já adquiridos, melhorias nas condições de trabalho e reajuste salarial. De acordo com representantes sindicais, as negociações se arrastam desde julho sem avanços concretos, o que gerou desgaste e insatisfação entre os funcionários.
Em nota, o sindicato de São Paulo afirmou que a categoria não aceita ser responsabilizada por dificuldades financeiras da empresa e criticou a falta de diálogo. Segundo a entidade, os trabalhadores rejeitam qualquer tentativa de retirada de benefícios históricos e cortes que afetem diretamente a rotina laboral.
Além de São Paulo, aderiram à greve sindicatos de Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Ceará e Paraíba. No Paraná, a mobilização foi classificada como uma resposta necessária diante do que os trabalhadores chamam de ataques aos direitos da categoria. Já em Santa Catarina, o sindicato destaca que a paralisação reflete a indignação generalizada dos funcionários.
No Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, a decisão pela greve foi aprovada em assembleias, com apoio unânime em algumas regiões. As entidades afirmam que apenas uma mobilização nacional pode pressionar a direção da empresa a apresentar uma proposta econômica.
Desde a última quinta-feira (11), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) vem mediando reuniões entre sindicatos e a direção dos Correios na tentativa de construir um acordo coletivo. Até o momento, porém, não houve consenso.
