
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem previsão de internação ainda nesta terça-feira (23) para realizar uma cirurgia de correção de hérnia inguinal bilateral. O procedimento está programado para a próxima quarta-feira (24), véspera de Natal, no hospital DF Star, em Brasília.
A cirurgia foi autorizada na última sexta-feira (19) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelo caso. A confirmação da data, no entanto, depende de um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Mesmo com a autorização para o procedimento médico, Moraes negou o pedido da defesa para que Bolsonaro cumpra a pena de 27 anos de prisão em regime domiciliar. Segundo o ministro, não há respaldo legal para a concessão do benefício, citando descumprimentos reiterados de medidas cautelares e indícios de tentativa de fuga.
Atualmente, Bolsonaro cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.
Quadro de saúde
Laudo da perícia médica do Instituto Nacional de Criminalística apontou que o ex-presidente é portador de hérnia inguinal bilateral, condição que exige reparo cirúrgico de forma eletiva. O documento destaca ainda uma piora progressiva do quadro, possivelmente relacionada ao aumento da pressão intra-abdominal causado por crises de soluço e tosse crônica.
Os peritos também avaliaram os episódios persistentes de soluços apresentados por Bolsonaro. De acordo com o relatório, o bloqueio do nervo frênico é considerado tecnicamente indicado e deve ser realizado o quanto antes, diante da falta de resposta aos tratamentos anteriores e do impacto no sono, na alimentação e no agravamento da hérnia.
O que é hérnia inguinal
A hérnia inguinal ocorre quando parte do intestino ou tecido adiposo se projeta por uma região enfraquecida da parede abdominal, geralmente na área da virilha. É uma condição comum, especialmente em homens, e pode provocar dor e desconforto. Em alguns casos, a hérnia pode se estender até os testículos.
Embora não seja causada diretamente por esforço físico, fatores como tosse crônica, obesidade e aumento da pressão abdominal podem agravar o problema.
