
O zoológico de Pomerode, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, adotou uma série de medidas criativas para reduzir os efeitos do calor intenso sobre os animais durante os dias mais quentes do verão. Entre as estratégias estão picolés especiais, banhos de mangueira, aspersores de água, áreas climatizadas e até o uso de barro como proteção natural contra o sol.
Os chamados “picolés” são preparados de acordo com a dieta de cada espécie. Animais carnívoros recebem versões feitas com carnes, enquanto outros, como os chimpanzés, ganham opções com frutas e vegetais. No último sábado (20), com temperaturas próximas dos 30°C, o urso pardo Bob, de quase 30 anos, se refrescou com um picolé de sardinha, alimento que já faz parte de sua rotina, mas apresentado de forma diferente para ajudar a enfrentar o calor.
Além disso, os banhos de mangueira fazem sucesso entre as elefantas Quênia e Lica, que vivem no zoológico há cerca de duas décadas. Elas também utilizam o barro como uma espécie de “protetor solar” natural, ajudando a manter a pele protegida e a temperatura corporal mais equilibrada.
Segundo a veterinária do zoológico, Jaqueline da Silva Borégio, todas as atividades são oferecidas de forma voluntária aos animais. “Eles participam se quiserem, o que também indica como estão se sentindo naquele momento”, explica.
Os aspersores, que liberam vapor de água no ambiente, ajudam a refrescar tanto os animais quanto os visitantes. Já os espaços com ar-condicionado ficam disponíveis para as espécies que necessitam de um controle maior da temperatura em dias de calor extremo. As ações têm como objetivo principal garantir o bem-estar e estimular comportamentos naturais de cada animal durante o verão.
