O atendimento preliminar - e em local de crime - se deu em conjunto com o Instituto Geral de Perícias, por intermédio do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal, que acompanharam o caso e descartaram, de início, qualquer prática de suicídio por asfixia.
A partir de então, os policiais civis da DIC, ainda no período da manhã, iniciaram uma série de diligências investigativas, e acabaram descobrindo que a vítima se encontrava na companhia de um homem desde o dia anterior, quando inclusive teriam deslocados, juntos, até uma Instituição Financeira no centro da cidade sacar dinheiro.
As diligências investigativas ainda puderam confirmar que ambos se encontraram por diversas vezes entre os dias 12 e 13, especialmente até o período da manhã do dia 13, quando ocorreu o crime.
Sendo esse homem o principal suspeito do crime em questão, a Unidade ainda descobriu, por intermédio de diversas informações repassadas por policiais civis e militares de Laguna (PPT e Agência de Inteligência), que o mesmo se encontrava, no período da tarde, caminhando em pleno centro da cidade.
Os policiais civis da DIC realizaram a abordagem do suspeito e, ao verificarem os seus dados, acabaram descobrindo se tratar de um homem natural de Campos Novos que se encontrava com um mandado de prisão em aberto pelo delito de tráfico de drogas, expedido pelo fórum da comarca de Curitibanos.
Por esse motivo, efetivaram o cumprimento do mandado e o conduziram à Especializada para ser interrogado. Ao ser interrogado, o homem de 27 anos acabou confessando o crime. Disse ter realizado programas sexuais com a vítima naquela madrugada e que, por um desacerto ocorrido no período da manhã, ambos acabaram discutindo e brigando. Em defesa, alegou que a vítima quem partiu para cima da sua pessoa, e, por essa razão, acabou se utilizando de uma corda para asfixiar a vítima e que, logo após, fugiu do local.
De acordo com Bruno Fernandes, coordenador da Divisão, “em que pese a sedutora tese defensiva de legítima defesa, a prova pericial, realizada pelos excelentes peritos de Laguna e região, deixa claro que a vítima foi bastante agredida na cabeça – possivelmente antes mesmo de ser asfixiada, o que acaba por derruir a tese levantada e se contrapor à versão apresentada pelo investigado, tudo a sinalizar eventual prática de homicídio doloso qualificado. Importante esclarecer, ainda, que se tratou de uma excelente e rápida investigação realizada pelos policiais da DIC de Laguna, que, de forma muito célere, chegaram à autoria do crime em questão. Por fim, importante esclarecer que resultados como esse, sempre em prazos exíguos, são apenas obtidos porque a Unidade conta com apoio de diversos outros profissionais qualificados, como o excelente trabalho realizado pelo IGP, e as inúmeras informações repassadas pela Polícia Militar”.