Uma Kombi utilizada por traficantes agora faz parte do quadro de viaturas da Polícia Civil. O veículo foi apreendido em Araranguá, em dezembro de 2018, quando a Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma apreendeu 1,7 mil quilos de maconha em uma operação histórica.
Parte da droga estava armazenada na Kombi e seria distribuída na região Sul de Santa Catarina. O restante estava escondido em duas carretas carregadas de milho. A apreensão ainda é considerada uma das maiores do Sul catarinense. Durante a operação, seis pessoas foram presas em flagrante e um Hyundai HB20 e uma Honda Biz foram apreendidas, além de R$ 278 mil em dinheiro.
A Kombi foi utilizada para trazer os tabletes apreendidos em Araranguá para a sede da DRE em Criciúma. “Para prejudicar o tráfico de drogas, é preciso retirar o poder financeiro e os bens dos criminosos para terem dificuldade de continuar traficando. Ficou comprovado durante as investigações que o veículo era usado pelos traficantes para fazer o transporte das drogas”, diz o delegado.
Após a operação, a Polícia Civil pediu para a Justiça a cessão do veículo da Kombi, modelo 2010. “A demanda foi atendida pelo Poder Judiciário, mas as regras da Polícia Civil naquele tempo impediam a inclusão do utilitário na nossa frota”, explica André Milanese, delegado da 6ª Delegacia Regional de Polícia (6ª DRP).
Recentemente, um novo regramento adotado pela Delegacia Geral de Polícia Civil de Santa Catarina permitiu que o veículo fosse integrado na frota. “Dessa forma, conseguimos viabilizar os recursos para fazer a reforma. A Kombi foi plotada com as cores antigas da Polícia Civil, em azul e branco, visando relembrar nossa história e homenagear os policiais civis aposentados”, acrescenta Milanese.
O veículo é considerado uma viatura híbrida, podendo ser usada como uma delegacia móvel, para transporte de carga e viatura descaracterizada, já que os logos são imãs. A Kombi vai ser utilizada ainda em eventos e desfiles.