O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou três homens por aplicar golpes milionários na compra e venda de carros de luxo em Tubarão. Segundo a denúncia, o trio teria enganado 12 vítimas ao adquirir veículos sem realizar os pagamentos.
Os suspeitos, de 36, 54 e 42 anos, responderão por associação criminosa, falsidade ideológica, estelionato e lavagem de dinheiro. O esquema começou em 2015 e se intensificou em 2024. Um dos réus usava cheques sem fundos para comprar os veículos e revendia-os por valores abaixo do mercado.
Além de serem julgados pela possível prática dos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, estelionato e lavagem de dinheiro, o MPSC pede na denúncia a condenação dos três réus à obrigação de reparar os danos causados pela infração penal, com a fixação de um valor indenizatório mínimo de R$ 5 milhões.
Num dos casos, ocorrido em dezembro de 2023, quando o réu de 36 anos teria comprado um veículo VW Tiguan Allspace pelo valor de R$ 160 mil, dando como forma de pagamento oito cheques pré-datados de R$ 20 mil cada um e, logo após a compra, revendido o bem para outro garagista pelo valor de R$ 120 mil.
O estelionato teria se repetido com as outras 11 vítimas somente em Tubarão. No entanto, no carnaval de 2024 os golpes vieram à tona, pois os cheques pré-datados utilizados para a aquisição dos veículos começaram a retornar com a informação de insuficiência de fundos, momento em que os ofendidos se reuniram e constataram o golpe de que tinham sido vítimas.
O MPSC pediu ainda o aprofundamento das investigações diante da possível prática de outros crimes descobertos ao longo do inquérito policial. Foram identificadas vítimas de estelionatos similares nas Comarcas de Braço do Norte, Criciúma, Araranguá, Jaguaruna, Içara, São José, Capivari de Baixo e Sombrio.
Ainda, pediu a instauração de inquérito para apurar as falsificações de notas fiscais, contratos sociais, declarações de imposto de renda e outros documentos públicos e particulares, bem como a emissão de duplicatas simuladas e o fato de o líder do esquema criminoso ter dois CPFs.