Com a tragédia no Rio Grande do Sul, um texto se tornou viral e foi muito compartilhado nas redes sociais. 'Não eram só bens materiais' traz uma reflexão sobre o valor afetivo de cada objetivo de cada objeto que as famílias perderam na enchente, que custou esforço, além de dias e noites de trabalho. Leia na íntegra:
“NÃO ERAM SÓ BENS MATERIAIS..."
Vão-se os anéis e ficam os dedos, mas não, não eram só bens materiais.
Era aquela Smart TV que o pai com sacrifício comprou para que junto com os filhos pudessem assistir a final da Libertadores.
Era o jogo de sofá que aquela mãe namorou o ano inteiro, que economizou todos os centavos e se esforçou para comprar só para que ao chegar em casa, depois de um cansativo dia, não encontrasse a filha sentada no chão frio da sala assistindo TV.
Não eram só bens materiais...
Era aquele carro, era aquela moto, que o rapaz ou a moça conquistou, trocando viagens e baladas por dias e noites de trabalho.
Era aquele álbum de fotografias que imprimiam histórias de uma geração inteira...
Não eram só bens materiais...
Eram sonhos realizados depois de muito suor naquela loja, naquele consultório, naquele escritório, naquela oficina, naquele atelier...
Era a compra do mês...
O material escolar...
A roupa nova que ganhou no Natal...
A boneca preferida...
O carrinho que passou do pai para o filho...
Não eram só bens materiais...
Era a casa que abrigava uma família....
“Vão-se os anéis e ficam os dedos”
Eu até posso concordar com este “ditado” no sentido pleno da gratidão, mas só quem PERDEU TUDO é que sabe preço que cada anel lhe custou.
Um sentimento que não se explica!”.
(texto de Scheilla Lobato adaptado @thiarlesyanrs).